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SAÚDE

Fim da venda do álcool 70% líquido nas farmárcias e mercados

Com o prazo se encerrando em 30 de abril, mercados e farmácias correm para esgotar estoques, enquanto a população se adapta à nova realidade pós-pandemia

Publicado em 09/04/2024 às 08:44

Imagem ilustrativa (Foto: Internet)

A partir do próximo dia 30, farmácias e mercados em Cabreúva, assim como em todo o Brasil, terão que esgotar seus estoques de álcool etílico na concentração de 70%, o renomado álcool 70%, na forma líquida.

Enquanto o item em gel ainda estará disponível, essa medida segue as regulamentações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que controla a venda de produtos desse tipo no país.

Mas por que a venda desses produtos, amplamente utilizados durante a crise sanitária da Covid-19, foi vetada? Na verdade, o comércio do álcool 70% líquido foi proibido no Brasil desde 2002, após uma resolução da Anvisa apontar os riscos à saúde pública decorrentes de acidentes por queimadura e ingestão, principalmente em crianças.

Na época, um informe do Ministério da Saúde destacou estimativas da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), apontando cerca de um milhão de casos anuais de acidentes desse tipo no país, sendo 300 mil deles com crianças menores de 12 anos e 45 mil devido ao álcool.

A venda passou a ser restrita a locais como hospitais, laboratórios e empresas que precisam de uma esterilização específica.

No entanto, com a chegada da pandemia de Covid-19 em 2020, o governo federal implementou medidas extraordinárias para combater o vírus, incluindo a liberação temporária da Anvisa para a venda do álcool 70% líquido em mercados e farmácias.

Essa permissão, inicialmente válida por 180 dias, foi prorrogada algumas vezes e teve sua última extensão no final de 2022, com validade até 31 de dezembro de 2023.

No entanto, para fins de esgotamento de estoque, a venda ainda poderia ser feita por mais 120 dias após o término da vigência da resolução, ou seja, até o dia 30 deste mês.

Com o fim do status de emergência de saúde pública da Covid-19 no Brasil e no mundo, não há mais necessidade de comercializar o álcool 70% com tanta facilidade.

Isso implica em mudanças significativas não só para a saúde pública, mas também nos hábitos locais dos cabreuvanos e de todo o país.

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