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Polêmica no trânsito

O dilema das lombadas: fazer ou não fazer?

Existem critérios técnicos para a instalação das ‘ondulações transversais’

Publicado em 10/08/2022 às 08:30
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Lombada em rua do Jacaré (Foto: Reprodução)

Nem bem a Prefeitura acaba de asfaltar uma rua, já sabe: virão, em seguida, os pedidos de construção de redutores de velocidade – as populares ‘lombadas’. Problema é que, para o poder público, chegam tanto os pedidos de construção de novas lombadas quanto as reclamações por, segundo uma parcela da população, “existirem lombadas demais na cidade”.

Os comentários que ilustram essa reportagem foram colhidos de postagens no facebook da Prefeitura. A maioria dos post foram feitos como comentários a obras de asfalto – e é fácil perceber o dilema e as contradições.

Ter lombada na cidade é normal, mas igual Cabreúva tem, já é demais”, é uma das reclamações.

Mas outro internauta, em contrapartida, elogia. “Gostei da lombada na rua Líbano, deu um pouco de sossego, principalmente pelos motoqueiros que passavam na maior velocidade”.

Na avenida Cabreúva, a falta de redutores, tempos atrás, também gerou críticas. “Com a avenida Cabreúva asfaltada, mas sem lombadas nem radas, o resultado são esses rachas de dia e à noite”, alguém denunciou.

A própria avenida Cabreúva é um retrato das polêmicas entre os motoristas e cabreuvanos em geral. “A avenida Cabreúva não precisava… é uma ótima alternativa pra sair do trânsito da Minas Gerais e Maranhão”, foi uma argumentação.

Outro comentário, no entanto, volta a pedir os redutores: “Na avenida Cabreúva precisa muito, as pessoas passam em alta velocidade”.

Internautas também surfaram na onda de um post da Prefeitura em que se registrava o asfaltamento de ruas do Fazendinha Real. Choveram pedidos de lombadas em inúmeros bairros – e não só no Fazendinha Real.

“Coloca uma aqui na rua Hungria”.

“Falta na rua Rio Grande do Sul”

“Por quê não na avenida Espanha? Depois que asfaltaram de novo, não fizeram lombada, e todos, sem exceção, passam voando - motoqueiro, carro pequeno, ônibus e caminhões, fora o trânsito infeliz, porque muitos vêm do Pinhal e do Jacaré e cortam por aqui.”

Construir ou não mais lombadas? Uma internauta ironiza: "Está certíssimo! Quem não gostar que compre um helicóptero, porque a gente precisa de segurança, a lombada é necessário”.

Secretário de Mobilidade explica

O secretário de Mobilidade Urbana de Cabreúva, Henri Perkis, informa que a lombada está prevista na Resolução número 600 do Código Nacional de Trânsito (Contran). Mas, na lei, ela aparece como “ondulação transversal”

Segundo ele explica, a finalidade das lombadas é diminuir a velocidade em busca da sensação de segurança, já que há motoristas que “insistem em desrespeitar a velocidade máxima nas vias locais” (que é de 40 quilômetros por hora) ou nas demais vias, onde o órgão público avalia os pedidos de acordo com a Resolução. 

Henri também conta que há dois tipos de lombadas. O tipo A (normalmente usada em vias de tráfego de veículos pesados; o objetivo é reduzir a velocidade máxima de 30 km/h; e do tipo B (instalada somente nas vias locais, onde a velocidade máxima é de 30 Km/h e onde só há tráfego sem ônibus ou caminhões).

A Resolução impede que lombadas sejam instaladas em ruas de terra.

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