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CONSCIENTIZAÇÃO

Psicóloga explica sobre o espectro autista (TEA) neste 2 de abril

O transtorno do espectro autista (TEA) aparece, geralmente na infância e tende a persistir na adolescência e na idade adulta

Publicado em 02/04/2022 às 09:04
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O transtorno do espectro autista (TEA) aparece, geralmente na infância e tende a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, eles se manifestam nos primeiros 5 anos de vida. E hoje é um dia de Conscientização do Autismo e a Psicóloga e pós graduanda em Análise do comportamento aplicada ao Autismo, Jaqueline Cardoso Pires, conta um pouco sobre o distúrbio, leia agora:

No dia 2 de abril é comemorado o “dia mundial da conscientização do Autismo”, estabelecido pela ONU (organização das nações unidas) em 2007, este dia visa dar a população geral e aos governantes um olhar direcionado a este transtorno do neurodesenvolvimento, buscando desmistificar, trazendo informação e diminuindo o preconceito.

Representados por um laço com quebra-cabeça colorido, este símbolo busca mostrar a complexidade que é o autismo, indivíduos difíceis de compreender assim como um quebra-cabeça, conhecer suas particularidades, acolher e prestar a devida assistência garante a eles um desenvolvimento satisfatório dentro de suas individualidades.

Conhecer é a chave para compreender e respeitar, no dia de hoje trago a vocês um pouco sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), segundo o CDC (Center of Deseases Control and Prevention) existe hoje um caso de autismo a cada 110 pessoas, sendo assim algo relativamente comum é necessário que conheçamos para auxiliar em sua vida cotidiana, respeitando e proporcionando os cuidados devidos.

O Autismo começa a ser manifestado ainda nos primeiros anos de vida, por volta de um ano e meio, e em casos mais severos antes disto. É dividido em três níveis considerando sua gravidade e prejuízo, caracterizado frequentemente por dificuldades em habilidades sociais, comportamentos repetitivos, fala e comunicação não-verbal.

Cada criança se desenvolve de uma forma e o mesmo vale para indivíduos dentro do espectro, é importante que o diagnostico seja feito por profissionais capacitados como neuropediatras, neuropsicólogos e psiquiatra infantil. Quanto antes for identificado melhor será o tratamento e o desenvolvimento da criança, a intervenção precoce é um importante agente na garantia na qualidade de vida da criança.

Alguns dos sinais que podem ser observados são: Não manter contato visual por mais de 2 segundos; Não atender quando chamado pelo nome; Isolar-se ou não se interessar por outras crianças; Alinhar objetos; Ser muito preso a rotinas a ponto de entrar em crise; Não brincar com brinquedos de forma convencional; Fazer movimentos repetitivos sem função aparente; Não falar ou não fazer gestos para mostrar algo; Repetir frases ou palavras em momentos inadequados, sem a devida função (ecolalia); Não compartilhar seus interesses e atenção, apontando para algo ou não olhar quando apontamos algo; Girar objetos sem uma função aparente; Interesse restrito por um único assunto (hiperfoco); Não imitar; Não brincar de faz-de-conta; Hipersensibilidade ou hiper-reatividade sensorial.

Em caso de suspeita é importante conversar com seu pediatra e procurar encaminhamento para profissionais que possam iniciar o processo diagnostico e encaminhar para equipes multiprofissionais que possam iniciar uma intervenção. Além do acompanhamento psicológico, é benéfico para o paciente o auxílio da fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outros profissionais, conforme a necessidade de cada autista. Na escola, um mediador pode trazer grandes benefícios, no aprendizado e na interação social.

Hoje no brasil temos a Lei 13.438/17 onde diz que obrigatoriamente aos 18 meses de vida deve ser feita por meio de um pediatra a avaliação afim de diagnosticar precocemente casos de autismo.

A lei 13.977 (lei Romeo Mion) estabelece a emissão de uma carteira de identificação da pessoa com transtorno do espectro autista para que o mesmo possa apresentar e informar a condição do indivíduo garantindo assim atenção integral, pronto atendimento e prioridade no atendimento e acesso aos serviços públicos e privados (em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social).

Lembrem-se sempre que ter um diagnóstico não significa rotular a criança, mas sim, nós da a possibilidade de ofertar um desenvolvimento das habilidades específicas, para que o mesmo possa encontrar independência e liberdade dentro de suas particularidades.

Jaqueline Pires – Psicóloga

 99585-2656

@psi.jaquelinecardosopires

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