Moradores do Jacaré, Vilarejo e bairros vizinhos foram às redes sociais para reclamar do barulho que alguns motociclistas fazem, de dia ou de madrugada. O assunto gerou dezenas de comentários em um grupo cabreuvano – seja de pessoas criticando o abuso, seja dos próprios motoqueiros (uma parte deles trabalha como entregador de alimentos), ironizando as postagens.
Houve quem argumentasse com o fato de que algumas das motos circulam por aí sem escapamento – o que só aumenta o barulho – e que é difícil não acordar, mesmo de madrugada. Uma internauta disse que os motociclistas que agem assim “fazem isso para compensar o tamanho do cérebro”.
Já um dos motoqueiros que trabalha com delivery de pizzas deu a resposta: “Quando vocês quiserem pedir ou lanche, terão de buscar na portaria”.
O mesmo motoqueiro emendou a resposta, dizendo que o escapamento barulhento “é bom para aqueles que não escutam o barulho da buzina”.
As postagens lembraram que, há alguns meses, um grupo de moradores da avenida Adélia Barbosa de Oliveira, no Vilarejo, chegaram a colocar uma faixa de um lado a outro da avenida, em protesto contra o barulho também feito por ali.
Na faixa constava que os motociclistas que “tirassem de giro” ou “chamassem no grau” (gírias para os movimentos que causam a barulheira) estariam “sujeitos a cacete”, ou seja, a serem denunciados por práticas proibidas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
O barulho continua incomodando muita gente. Cabreuvanos pedem atenção da PM e GM para ampliar o patrulhamento e coibir os desordeiros sobre duas rodas.
O problema só piorou nos últimos dez anos - porque cresceu 70% o número de motos emplacadas em Cabreúva. Eram 3.577 motos em 2011 - número que saltou para 6.106 em 2021.
