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URGÊNCIA DE MUDANÇA

Idosos enfrentam obstáculos e descaso na saúde e no transporte na cidade

Um relato de sofrimento e negligencia que revela a urgência de mudanças no atendimento aos idosos

Publicado em 14/06/2024 às 15:23
Atualizado em

Relato de Roselene destaca descaso com idosos em saúde e transporte. (Foto: Arquivo Pessoal)

O relato de Roselene de Araújo Maiochi, residente na Fazenda São Francisco, em Cabreúva, retrata a dura realidade enfrentada por muitos idosos na região: a falta de assistência adequada e o descaso por parte dos serviços públicos de saúde e transporte. 

Roselene descreve as dificuldades enfrentadas por ela e seus vizinhos, um casal de idosos de 80 anos, Dona Jovira e o Sr. Rubens. 

A situação se inicia com um transporte agendado para as 3h30 da madrugada para uma consulta médica às 9h da manhã. A desconsideração pelo horário e a necessidade de caminhar até um orelhão, em uma madrugada fria, evidenciam a fragilidade e o desamparo a que os idosos são submetidos. 

O ônibus é uma grande dificuldade na região, especialmente em horários de madrugada. 

Outro descaso 

O casal, Dona Jovira e o Sr. Rubens, foram de carona até o posto de saúde para um exame de sangue agendado. Roselene passou por lá para levá-los para resolver outros problemas. 

Preocupada com a saúde do amigo, Roselene levou o Sr. Rubens para a Santa Casa. O médico que atendeu o Sr. Rubens solicitou outro exame de sangue e, surpreendentemente, não prescreveu nenhuma medicação no local mesmo estando o Sr. Rubens com febre alta, constatada no acolhimento. E mesmo assim, as enfermeiras deram alta para o Sr. Rubens por falta de prescrição médica, e solicitaram retorno à tarde no mesmo dia para buscar os exames.  

Eles retornaram à Santa Casa depois do primeiro atendimento para buscar o exame que o médico solicitou. No retorno, Roselene questionou o médico sobre a falta de medicação para controlar a febre do Sr. Rubens e a alta médica sem que ele tivesse sido medicado. O médico, de forma rude, respondeu: “Quem você acha que é para me questionar?”. E após isso o médico colocou a Sra Roselene para fora do consultório. 

Em seguida, ele prescreveu uma medicação, explicando que a medicação prescrita não estava disponível no posto de saúde. Ao fazer o orçamento, Roselene viu que o remédio tinha o custo de R$ 400,00. 

O casal não tem condições para arcar com tal custo. Preocupada com o alto custo da medicação, Roselene decidiu levar o casal para a UPA, na esperança de que a medicação estivesse disponível lá. Infelizmente, a medicação também não estava disponível na UPA. 

Roselene então, solicitou à médica da UPA um medicamento acessível que estivesse disponível na farmácia da unidade. Roselene explicou toda a situação para a médica da UPA. 

O relato de Roselene evidencia a falta de atenção e respeito com os idosos na saúde de Cabreúva. A dificuldade de acesso a medicamentos, o descaso de profissionais de saúde e a falta de estrutura adequada colocam em risco a saúde e a vida de pessoas vulneráveis.

Nossa equipe de produção entrou em contato com a Santa Casa Cabreúva e até o momento da publicação não tivemos um retorno. Qualquer informação iremos atualizar a matéria.

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